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‘Cade deve manter e melhorar força institucional, transparência e confiabilidade’

‘Cade deve manter e melhorar força institucional, transparência e confiabilidade’

Jota – Concorrência
21.08.2018

Para Patrícia Agra, sócia do L.O Baptista, esse é o desafio para o futuro do órgão

Por – Jota Redação

A advogada Patrícia Agra, sócia de concorrência do L.O Baptista, avalia que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve “manter e melhorar força institucional, transparência e confiabilidade do órgão”.

“O Cade já tem um histórico muito positivo nesse sentido e esse é sempre um desafio. Órgão, pessoas – corpo e cargos de decisão – e decisões técnicas são fundamentais”, falou a advogada.

Segundo Patrícia, “é muito importante que sejam disponibilizadas as bases de todas as decisões, incluindo pareceres e análises que formaram o convencimento de quem tomou uma decisão”.

Leia a entrevista na íntegra:

Quais os desafios para o futuro do Cade?

Manter e melhorar força institucional, transparência e confiabilidade do órgão. O Cade já tem um histórico muito positivo nesse sentido e esse é sempre um desafio. Órgão, pessoas – corpo e cargos de decisão – e decisões técnicas são fundamentais.

O órgão está pecando em sua transparência?

O Cade se preocupa e sempre se preocupou com a questão da transparência versus confidencialidade. É muito importante que sejam disponibilizadas as bases de todas as decisões, incluindo pareceres e análises que formaram o convencimento de quem tomou uma decisão. Quanto maior o acesso, melhor e mais rápido o desenvolvimento da matéria e o fortalecimento do órgão.

O Cade está mais duro, devido às reprovações recentes de grandes operações?

Não acredito que o Cade esteja mais duro; houve um conjunto de operações complexas, que ocorreram em um momento muito particular.

O Banco Central aprovou com mais restrição do que o Cade a operação entre XP e Itaú. O Cade saiu perdendo com o acordo de entendimentos? Qual sua avaliação sobre o desenho final do acordo?

Não há uma disputa entre Cade e Bacen por competência. O conflito histórico acabou criando essa visão, mas as competências e a abrangência da atuação de cada órgão são muito claras. A perspectiva e análise são diferentes, o que gera decisões diversas, naturalmente. O Cade atuou no que entendeu necessário para tratar da dinâmica concorrencial; o Bacen sob uma perspectiva regulatória, prudencial.

O setor de saúde, mais uma vez, foi o primeiro colocado no número de atos de concentração notificados ao Cade no primeiro semestre deste ano. Qual a análise que a sra. faz sobre isso?

O setor de saúde passa por um processo de concentração e estruturação que reflete no número de operações levadas ao órgão. Ao Cade cabe monitorar as consequências e impactos desses movimentos na dinâmica concorrencial resultante.

https://www.jota.info/tributos-e-empresas/concorrencia/cade-deve-manter-e-melhorar-forca-institucional-transparencia-e-confiabilidade-21082018

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